Associação
Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) publica em seu site oficial
a íntegra do Sumário Executivo (SE) do trabalho
Qual é o tamanho do mercado que os Operadores Logísticos representam e
qual é a importância do segmento para a economia brasileira? Até agora
eram escassos os dados a respeito de setor.
Para atender a esta demanda, a Associação Brasileira de Operadores
Logísticos (ABOL) empreendeu estudo inédito que contextualiza as
atividades dos Operadores Logísticos no Brasil. O trabalho foi
desenvolvido em conjunto pela Fundação Dom Cabral (FDC), KPMG
Transaction and Forensic Services e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey
Jr. e Quiroga Advogados Associados.
Os resultados do trabalho estão contidos em três volumes, os quais, juntos, somam 777 páginas, com título central Operadores Logísticos: panorama setorial, marco regulatório e aspectos técnico-operacionais,
que trazem informações valiosas para todas as empresas do segmento, bem
assim é um recurso fundamental para a academia e poder público no maior
e melhor aprofundamento da atividade.
Como forma de facilitar o acesso aos interessados e tornar o trabalho
de conhecimento público, a ABOL decidiu publicar no seu site oficial:
www.abolbrasil.org.br
o Sumário Executivo (SE). “Nosso objetivo é que o maior número possível
de pessoas tome conhecimento a respeito da grandeza e da importância
que o segmento de Operadores Logísticos ocupa no Brasil. Mesmo ainda não
regulamentado, o setor gera mais de 700 mil postos de trabalho (diretos
e indiretos), tem receita bruta superior a R$ 44 bilhões ao ano e
arrecada mais de R$9 bilhões entre tributos e encargos, dentre muitos
outros números de elevada relevância para a economia nacional”, revela o
diretor executivo da ABOL, Cesar Meireles.
Abaixo, mais informações a respeito do trabalho. Para acesso ao conteúdo do Sumário Executivo (SE), entre no site:
www.abolbrasil.org.br.
Como o estudo foi desenvolvido
O primeiro estágio do trabalho constou em ampla discussão para a
definição da taxonomia do Operador Logístico no Brasil. Essa análise
contou com um aprofundado estudo da legislação brasileira e o contexto
factual da atividade, cruzando as análises fiscais, tributárias,
trabalhistas, previdenciárias e sindicais para que nenhum critério
ficasse alheio ao estudo.
Para estruturar as análises contidas no trabalho, foram consultadas 81 fontes,
entre operadores logísticos nacionais membros e não membros da ABOL,
Operadores Logísticos internacionais, embarcadores de diversos
segmentos, empresas públicas, especialistas de mercado, acadêmicos,
publicações e associações nacionais e internacionais dos Estados Unidos,
Portugal, Austrália, Alemanha, Argentina, Espanha, França, Itália,
Reino Unido, Finlândia, Canadá, Bélgica e Holanda.
A pesquisa contou com a participação de 1.153 empresas
prestadoras de serviços logísticos que receberam um questionário
eletrônico minuciosamente elaborado por profissionais da KPMG, da Mattos
Filho e da FDC. Além do envio do questionário, a equipe responsável
pela pesquisa realizou contato telefônico direto com 166 empresas que representavam os maiores players da lista.
Dessa pesquisa despontaram 159 empresas que compõem, de acordo com o estudo, o mercado de operadores logísticos brasileiro. Foi esse o universo utilizado como objeto para todas as demais análises realizadas durante o trabalho.
Os números do setor
A partir da soma do faturamento bruto das empresas caracterizadas como Operadores Logísticos, a ABOL constatou que o setor apresenta um faturamento bruto total de R$ 44,3 bilhões,
faturamento este que faz com que o segmento corresponda a 0,9% do
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (observado no ano de 2013), que
somou R$ 4,8 trilhões de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Quando inseridos no ranking das indústrias nacionais, os operadores logísticos ocupam a 16ª posição em faturamento bruto,
à frente de setores gigantes como a indústria têxtil, a fabricação de
caminhões e ônibus, de equipamentos de informática e de eletrodomésticos
e o segmento de biocombustíveis. As 159 empresas identificadas pela pesquisa contribuíram, em 2013,
com R$ 9,2 bilhões em impostos, sendo R$ 2 bilhões em encargos
trabalhistas e R$ 7,2 bilhões em tributos. Constatou-se também que, em
2014, os Operadores Logísticos apresentaram um volume de funcionários
diretos empregados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) de 177.521 indivíduos, enquanto os colaboradores terceirizados somaram 66.031. Com isso, no ranking das indústrias que mais geram empregos, os operadores logísticos aparecem na 11ª posição, junto ao bloco da indústria química, têxtil e metalúrgica, confirmando ser intensiva de mão de obra.
Fonte: KPMG, Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados e Fundação Dom Cabral (FDC).
A importância da Regulamentação
Apesar de toda a sua representatividade para o desenvolvimento do País, constatada pelos números acima, os Operadores Logísticos ainda não possuem uma identidade reconhecida,
uma Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) específica.
Sem esta identidade constituída, dificulta-se a elaboração do
planejamento estratégico, fiscal, econômico, tributário, previdenciário,
sindical e trabalhista no longo prazo, expondo o setor a níveis
importantes de insegurança jurídica.
É preciso que o setor seja regulamentado o mais breve possível.
“A logística é uma atividade em constante crescimento e os governos
precisam prestar mais atenção a ela. A relação entre tomadores e
prestadores de serviços está cada vez mais sofisticada e, os contratos
que regem essas atividades, ultrapassam em muito os conceitos simples de
transporte e armazenagem, tornando a atividade logística parte
integrante da cadeia produtiva como um todo”, explica o coordenador do
núcleo de Infraestrutura, Logística e Supply Chain da Fundação Dom
Cabral, Profº PhD Paulo Resende. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo da ABOL, Vasco de
Oliveira Neto, “o estudo fornece muita substância para que se possa
atuar junto aos mais diversos órgãos do governo. Ele dá subsídios para
que os operadores logísticos exerçam uma interlocução com todas as
frentes possíveis para criar um ambiente regulatório propício à
atividade e cada vez mais focado nas necessidades das empresas do setor”
finaliza.