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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Dutos


Dutos são tubulações especialmente desenvolvidas e construídas de acordo com normas internacionais de segurança, para transportar minério, petróleo e seus derivados, álcool, gás e produtos químicos diversos por distâncias especialmente longas, sendo então denominados como oleodutos, gasodutos, minerodutos ou polidutos. No Brasil os dutos já superam os 22000 Km entre dutos aéreos, terrestres e submarinos (on shore e off shore).

 Os dutos transportam grandes quantidades de produto de maneira segura, diminuindo o tráfego de cargas perigosas por caminhão, trens ou por navios e consequentemente reduzindo os riscos de acidentes ambientais. Há dutos internos, ou seja situados no interior de uma instalação como há também os intermunicipais, interestaduais ou internacionais.

Estas tubulações de aço interligam píeres, terminais marítimos e fluviais, campos de produção de petróleo e gás, refinarias, companhias distribuidoras e consumidores. Assim sendo, o traçado dessas linhas de dutos podem ser encontrados em áreas urbanas, rurais, passando sob ruas, avenidas e rodovias; condomínios; fazendas, serras e montanhas, rios, mares e manguezais e uma grande variedade de localidades.

Os dutos são construídos com chapas que recebem vários tratamentos contra corrosão e passam por inspeções frequentes e ainda agregado a dispositivos de segurança como válvulas de bloqueio, instaladas em vários intervalos das tubulações para impedir a passagem de produtos, em caso de anormalidades.

Mesmo construídos e operados dentro dos padrões máximos de segurança internacional, os dutos estão sujeitos erosão, deslizamentos de terra, corrosão, queda de rochas, atos de vandalismo, ação de terceiros, os quais podem ocasionar os vazamentos e, em função da alta pressão com que os produtos são bombeados e da periculosidade das substâncias transportadas, os danos ambientais e socioeconômicos raramente são pequenos. Não existe duto com risco zero, pois os pois os defeitos estão sempre presentes. O risco de falhas e anormalidades é permanente.

Existem três famílias de defeitos possíveis em dutos:

a) Defeitos volumétricos: relacionados com a perda de material metálico, como: corrosão interna, corrosão externa, cava (Gauge) e sulco (Groove);

 b) Defeitos geométricos: relativos à mudança de forma, como: amassamento/mossa (Dent), ovalização, enrugamento (Wrinkle) e flambagem local (Local Buckle);

c) Defeitos planares: trincas, dupla laminação, desalinhamento de soldas etc.


As principais causas de falha são:
• Erro de projeto;
• Falha de material;
• Defeito de construção;
• Corrosão interna/externa;
• Falha operacional;
• Defeitos provenientes de ação de terceiros;
• Movimentação do solo.
Logo o Programa de Integridade consiste em um conjunto de ações organizadas e gerenciadas com a finalidade de avaliar as suas condições de integridade estrutural quanto ao processo corrosivo interno e externo, danos mecânicos da tubulação, estado do revestimento, sistema de proteção catódica, sistema de monitoração da corrosão, sistema de proteção operacional e acessórios do duto.

Se tratando de integridade de duto iniciarei falando sobre proteção catódica.
Proteção Catódica São utilizados dois métodos para a obtenção da proteção catódica, baseados no mesmo princípio de funcionamento, que é o de injeção de corrente elétrica na estrutura através do eletrólito. São eles: a proteção catódica Galvânica ou por Anodos Galvânicos ou de Sacrifício e a proteção catódica por Corrente Impressa ou Forçada.

No método de proteção catódica Galvânica, o fluxo de corrente elétrica fornecido origina-se da diferença de potencial existente entre o metal protegido e outro escolhido como anodo que tenha potencial mais negativo.

Os anodos galvânicos são normalmente os escolhidos quando se precisa de pouca quantidade de corrente para proteger a estrutura (revestimento de boa
qualidade e estruturas de pequenas dimensões) e quando o solo possui baixa resistividade elétrica uma vez que as diferenças de potenciais são muito pequenas, precisando de circuitos de baixas resistências elétricas para a liberação da corrente de proteção catódica. Por isso a proteção catódica galvânica é mais recomendada, tanto técnica quanto economicamente, para estruturas metálicas que requeiram pequenas quantidades de corrente.

As principais vantagens da utilização de anodos galvânicos para proteger, por exemplo, um gasoduto enterrado, são as seguintes:
– não requer suprimento de corrente alternada no local;
– os custos de manutenção, após o sistema instalado, são mínimos;
– raramente aparecerão problemas de interferência com outras instalações metálicas enterradas;
– os custos de instalação são baixos.

Por outro lado, as desvantagens são as seguintes:
– a quantidade de corrente fornecida à estrutura é limitada pela diferença de potencial, bastante baixa, entre os anodos e a tubulação;
– a proteção ficará muito mais difícil se as resistividades elétricas do solo no local não forem suficientemente baixas;
– se o revestimento dos tubos não for muito bom, ou se o gasoduto tiver grande diâmetro e grande comprimento, a proteção com anodos galvânicos ficará muito cara, devido à grande quantidade de anodos a ser utilizada;
– e a tubulação estiver influenciada por correntes de fuga, provenientes, por exemplo, de uma estrada de ferro eletrificada, dificilmente os anodos galvânicos serão eficientes.

No método de proteção catódica por Corrente Impressa, o fluxo de corrente fornecido origina-se da força eletromotriz (fem) de uma fonte geradora de corrente elétrica contínua, sendo largamente utilizados na prática os retificadores que, alimentados com corrente alternada (CA), fornecem a corrente elétrica contínua (CC) necessária à proteção da estrutura metálica.
Além dos retificadores de corrente, podem também ser utilizadas, como fontes de f.e.m., embora menos comuns, as unidades geradoras alimentadas a gás, os geradores termoelétricos, os geradores movidos a vento, ou outro tipo qualquer de equipamento capaz de fornecer a corrente contínua necessária ao sistema de proteção catódica.

                             
As vantagens para a aplicação do método por corrente impressa são:
– possibilidade de fornecer maiores quantidades de corrente às estruturas;
– possibilidade de controlar as quantidades de corrente fornecidas;
– possibilidade de ser aplicado em qualquer eletrólito, mesmo naqueles de elevada resistividade elétrica;
– possibilidade de ser aplicado, com eficácia, para a proteção de estruturas nuas ou pobremente revestidas;
– possibilidade de ser aplicado, com economia, para a proteção de instalações metálicas de grande porte.

As desvantagens para a utilização desse método são a necessidade de manutenção periódica, ainda que de fácil realização, o dispêndio com a energia elétrica consumida, embora de pouca importância, e a possibilidade de criar problemas de interferência com outras estruturas metálicas enterradas nas proximidades, o que pode ser evitado com facilidade.

Fonte: O que são os dutos e que tipo de substâncias transportam?

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