A presidente lembrou que já mandou a proposta de correção nesse limite duas vezes ao Congresso. "Vou chegar à terceira vez"
"Eu tenho um compromisso e vou cumprir meu compromisso, que é de 4,5%", insistiu. Quando os repórteres reiteraram que o Congresso já disse que vai derrubar os 4,5%, Dilma respondeu: "eu sinto muito, eu sinto muito". E emendou: "se por algum motivo, não quiserem os 4,5%, nós vamos ter de abrir um processo de discussão novamente. Nunca deixamos de esconder que era 4,5%. O governo só tem condições para olhar os 4,5%". Dilma sinalizou, no entanto, que pode negociar sobre a legislação que trata de benefícios como pensão por morte e pagamento de seguro-desemprego.
Na entrevista, a presidente ainda lembrou que já mandou a proposta de reajuste de 4,5% para o Congresso por pelo menos duas vezes. "Eu já mandei duas vezes. Vou chegar à terceira vez", comentou, explicando que vetou porque não tinha condições de pagar mais do que 4,5% de reajuste. "Vetei sim e vetei não é porque não queira fazer. Vetei porque não tem recursos pra fazer. É essa questão. Meu compromisso é 4,5%", reforçou.
Benefícios - Na quinta-feira, o tema foi discutido em reunião no Planalto da presidente Dilma com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. A reunião, que em parte contou com a presença do ministro da Previdência, Carlos Gabas, tratou também da flexibilização de benefícios como pagamento de pensão por morte ou pagamento de seguro-desemprego.
Questionada se vai flexibilizar as medidas provisórias que encaminhou ao Congresso que preveem alterações nas regras de concessão de benefícios, a presidente declarou que está propondo "aperfeiçoamento da legislação".
Essa foi a primeira entrevista que a presidente concedeu no segundo mandato. Dilma está sendo cobrada por estar trancada no Planalto e não estar dialogando com o Congresso, onde já sofreu várias derrotas.
(Com Estadão Conteúdo)
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/dilma-reforca-compromisso-de-reajuste-do-ir-em-45
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